Jardim de Infância da Estação
A tradição local refere que há muito, quando a povoação ainda era a aldeia da
Benquerença, existiu uma bela princesa órfã, que ali vivia com o seu tio, o
senhor do castelo. Esta princesa apaixonou-se por um nobre, valoroso e jovem
cavaleiro, porém carente de recursos. Por esse motivo, o jovem partiu da aldeia
em longa jornada em busca de fortuna, prometendo retornar apenas quando se
achasse digno de pedir-lhe a mão. Nesse ínterim, durante anos a fio, a jovem
recusou todos os seus pretendentes, até que o seu tio, impaciente, prometeu-a a
um amigo, forçando-a ao compromisso.
Ao ser apresentada ao candidato do tio, a jovem confessou-lhe que o seu
coração pertencia a outro homem, cujo retorno aguardava há anos. A revelação
enfureceu o tio, que decidiu aumentar a coerção por meio um estratagema: nessa
noite, disfarçou-se como um fantasma e, penetrando
por uma das duas portas dos aposentos da princesa, simulando ser o fantasma do
jovem ausente, afirmou-lhe com voz lúgubre, que ela estava condenada para
sempre à danação, caso não aceitasse casar-se com o novo pretendente. Prestes a
obter um juramento por Cristo por parte da
princesa, milagrosamente abriu-se a outra porta e, apesar de ser noite, um raio
de sol penetrou nos
aposentos, desmascarando o tio impostor. Daí em diante, a princesa passou a
viver recolhida na torre que hoje leva o seu nome, e as duas portas passaram a
ser conhecidas como Porta da Traição e Porta do Sol,
respetivamente.
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